Centro de Trabalho e Cultura

Há muito tempo estava querendo visitar o CTC (Centro de Trabalho e Cultura), e sempre acontecia imprevistos que me impedia de fazer essa visita... Assim que tive uns dias "tranqüilos" no trabalho pedir pra ser dispensado mais cedo das minha atividades, e fui em busca de mais essa aventura. Fazendo dois anos e alguns dias após a minha primeira visita ao CTC, no tempo que eu ainda fazia parte do projeto Oi Kabum! que só tenho boas lembranças da primogênita turma de design, das outras turmas (vídeo, foto e computação gráfica), educadores, funcionários e agregados. Chegando lá reencontrei Guina, um dos professores do centro e mas outro rapaz que não sei o nome. Seu Evangelista, um outro professor do centro não estava... Não perdi tempo fui logo me apresentando (novamente) e falando com ele a respeito do meu projeto. Ele ficou muito feliz em a intenção da minha pesquisa e se prontificou a me ajudar. Ele começou a me mostrar todos os armários e impressoras de tipos moveis do acervo do CTC. O centro, fica no Centro Social Padre Venâncio, na Rua dos Coelhos, Coelhos, Recife - PE. O edifício que abriga o CTC, pertence a Arquidiocese de Olinda e Recife, e que mantém diversas ONG's e projetos sociais dentro do centro, como por exemplo o Movimento Pró Criança. Segundo Guina, a disciplina de tipografia, foi retirada da grade curricular do curso de Gráfica desde o ano passado, "A gente retirou tipografia, da grade porque com a chegada das máquinas off-set, as gráficas deixaram de usar os tipos". Afirmou. Também disse que os alunos, não despertam muito interesse em aprender a imprimir com os tipos de metais, e partem logo para aprender as técnicas da impressão em Off-set. Mas os alunos que se interessam em aprender a imprimir com os tipos de metal, também pode, basta ir em um outro horário que não seja o de aula, para aprender com os mestres Guina e Evangelista. Passamos um tempão conversando sobre a história da tipográfia, e do futuro que parece incerto... Foi ai que lembrei do livro de Paulo Heitlinger - TIPOGRAFIA, que estava na minha bolsa. E comecei a mostrar o livro pra ele, foi quando ele lembrou da Máquina Linotype, e falou de como era a utilização da máquina e o manuseio das engrenagens, dos comando que o operador tinha que executar para que ela fizesse a composição das linhas e desse inicio ao processo de fundição dos caracteres em linhas pré-moldadas. Prontamente mostrei uma ilustração da máquina que tinha no livro. Guina me contou que aqui em Recife, ainda existe uma máquina dessas funcionando a pleno vapor, no bairro de Afogados, mas que a pouco tempo tinha perdido o contato do responsável pela oficina. Mais um mistério a ser desvendado... Onde será que essa Linotype está? Será que ela ainda funciona? Aguardem mais um Capítulo da série: O Caça Tipos

* Ps.Guina me deu de presente duas linhas compostas pela LinoType, de Afogados, espero que ela não esteja afogada...